Lili, moça bonita e
extrovertida, o que não é comum entre as jovens que optam pela
biblioteca como ambiente de trabalho, logo após a sua formatura foi
trabalhar no Colégio Piratinga. Entrou otimista, sondou o ambiente e,
armada de projetos e sonhos, avançou certa da concretização de seus
ideais bibliotecários. Para isso, contava, além do que aprendera na
escola, que ela sabia ser pouco, com um encanto pessoal que, em alguns
casos, vale mais que as tabelas de classificação e todos os códigos da
Biblioteconomia.
O Colégio Piratinga, particular, recebia os
filhos da classe média alta, aquelas cujos pais planejam para os seus
rebentos um diploma de médico, engenheiro, administrador de empresa e
semelhantes, o que poderia colaborar para manter a classe da família.
Servindo a essa clientela, o C.P. oferecia benefícios não-usuais aos
alunos comuns da rede oficial de ensino. Como escola paga, deveria
mostrar algumas vantagens - o suficiente para manter o seu quadro
discente completo. No Piratinga as tais "melhores condições de ensino"
como, por exemplo, laboratórios e biblioteca, eram mais, muito mais,
que a retórica das passeatas de professores com baixo salário e
desempenho equivalente. O C.P. pagava bem. Lili, inclusive, estava
exultante com a oferta que recebera. O valor era superior a esquálidos
holerites pré-aposentadoria que muitas colegas, aquelas pioneiras,
ocultavam com resignação.
Como Lili obtivera aquele emprego
"caído do céu", como diziam? Além das absolutamente necessárias
indicações e referências, era impossível não perceber o entusiasmo da
moça em relação a algo que, efetivamente, não animava ninguém. Havia
sim uma Biblioteca no C.P., uma saleta mal iluminada, um leve odor de
mofo, livros do tempo da fundação da entidade (logo após a Revolução
Constitucionalista), algumas doações inúteis de órgãos de governo e,
por certo, traças. Era um local adequado aos alunos mais irrequietos.
Bastava a ameaça: "eu te mando para a Biblioteca" e a classe ficava em
completo silêncio.
Lili, acompanhada pelo Diretor do
Estabelecimento, viu aquele cenário levemente lúgubre e conseguiu
improvisar uma entusiasmada seqüência de idéias, mesmo que o ambiente
não oferecesse qualquer tipo de estímulo. Ganhou o emprego e a simpatia
do Chefe graças ao brilho (e à cor) dos seus olhos. E, ainda, promessa
de apoio.
Aí estava o desafio de Lili: implantar uma
biblioteca útil. Era preciso obstinação, sem dúvida, e das fortes,
daquelas que, eventualmente, podem ser identificadas como teimosia. No
entanto, quase desistiu do emprego no primeiro dia de trabalho. Chegou
em casa exausta, espirrando muito, o seu primaveril vestido
lamentavelmente empoeirado. A noite, antes de dormir, fez uma profunda
reflexão sobre a guerra suja que teria pela frente e resolveu ir
adiante. Lili era alérgica à pó e isso não seria um obstáculo à sua
força de vontade demolidora. Pelo menos não era claustrófoba.
O
primeiro gesto radical de Lili ocorreu logo na primeira semana de
atividades. Fez uma seleção rápida das obras perfeitamente inúteis
como, por exemplo, listas telefônicas velhas ou mutiladas e promoveu
uma fogueira no pátio, sem pensar na frase que lera em algum lugar
sobre a queima de livros como predecessora da queima de homens. Como
exercia com muito jeito algumas práticas típicas dos profissionais de
relações públicas e políticos em geral, anunciou no Colégio todo a
fogueira dos livros. Os próprios alunos, com prazer, ajudaram-na a
carregar os volumes para o pátio. Alguns até sugeriram que a queima
poderia ser efetuada no interior da própria Biblioteca - o que daria
menos trabalho e seria uma ação mais completa. Prevaleceu a idéia
original do incêndio ao ar livre. Naquele dia, Lili conquistou o
Piratinga. Alguns professores ficaram preocupados, não com a forma de
separar as obras inúteis das utilizáveis, mas com a agitação e a
pirotecnia do evento.
Com as estantes vazias (quase a metade),
Lili preocupou-se com dois grandes problemas: descupinizar o ambiente e
ampliar o acervo. Fez junto ao Diretor uma descrição tão pavorosa da
ação desses insetos que poderiam destruir todos os livros,inclusive, os
valiosos arquivos da Secretaria, que uma firma foi contratada
imediatamente para eliminar cupins, traças e quaisquer outros
bibliófagos. O segundo problema era muito mais grave: o C.P., em seu
orçamento, não incluíra a aquisição de livros. Não dá para comprar
livros sem recursos. A idéia geral é que sempre haverá alguma boa alma
que esteja querendo limpar a casa e doar uns livros dos filhos que não
servem mais aos netos.
- Como é possível formar sem informar? perguntou Lili.
- Aqui a formação e a informação são dadas em sala de aula, desculpou-se o Diretor.
Lili
ficou surpresa com a argumentação, mas naquele momento não encontrou
nenhuma resposta adequada, além da mais tradicional para essas
situações:
- Bem, Senhor Diretor, o jeito é fazer uma campanha para a obtenção de recursos para a compra de livros.
O
Diretor respondeu com os ombros, eloqüentes, não deixando dúvidas: esse
assunto não lhe dizia respeito. Lili aceitou o desafio. Iria movimentar
a Associação de Pais e Mestres e os próprios alunos, faria uma barraca
na tradicional festa junina, realizaria concurso de beleza, rifas,
livro de ouro e o que fosse necessário para não deixar a Biblioteca
naquele estado de penúria. Inclusive, aceitaria doação de livros, desde
que fossem novos ou, pelo menos, quase.
Em menos de três
meses, Lili arrecadou o suficiente para comprar cerca de oitocentos
obras. Das três mil doações, foram aproveitados uns duzentos volumes.
Além disso, incluíram-se na compra discos, diapositivos, mapas, tudo
isso uma grande novidade para o Piratinga. Com esse empenho e sucesso,
certamente, estava aberto o caminho para novos problemas. Por exemplo:
aonde colocar aquele material todo? Nova batalha tomou todo o tempo e
emoções de Lili: a conquista de um espaço mais adequado à nova
Biblioteca. Ela dizia a palavra "nova", escandindo as sílabas. Palmo a
palmo, o terreno foi sendo tomado. Não exatamente como ela queria, mas
a área ampliou-se pelo menos três vezes, ocupando salas adjacentes e
ganhando, com isso, alguns inimigos. Em pouco tempo, o cenário estava
mudado. Logo na porta, no alto, afixara uma placa que dizia: "aqui, a
sua liberdade". Parece que a frase causou alguma perplexidade.
A
inauguração foi festiva. Pais e alguns mestres compareceram. A
Biblioteca não parecia ter saído dos manuais de Biblioteconomia. Havia
uma estante com novidades onde os volumes não mostravam a lombada, mas
a capa. Num móvel improvisado estavam dois jornais do dia (Lili
conseguira a doação das assinaturas) e algumas revistas. O que não
existia mais era bolor, insetos, fungos e o "inferninho", armário onde
almas piedosas trancafiavam livros que pudessem comprometer a boa
formação dos alunos. Ali estavam O Cortiço, O Crime do Padre Amaro e
outras obras que pudessem pôr em dúvida o bom nome do Colégio. Lili
entendeu que a classificação era por assunto e não pela gradação moral
da obra. Por isso, o livro de Eça de Queiroz foi parar mesmo na área
reservada à literatura portuguesa.
No dia seguinte à
inauguração, Lili madrugou na Biblioteca Comendador Saraiva - o nome
que, por decisão da Diretoria, foi dado à nova repartição - à espera do
primeiro leitor. Ele demorou a chegar e não manifestou interesse
especial pelo acolhimento de Lili: queria apenas "fazer pesquisa"
naquele "livro grande". O alvo era Frei Caneca e o tal livro, a
Enciclopédia Barsa. O verbete foi localizado e o aluno se pôs a copiar.
Lili observou que, esgotado o verbete, o menino pulara para o seguinte.
Logo depois, a jovem bibliotecária ouviria a frase que a perseguiria
por um bom tempo:
- Tia, até onde eu copeio?
"Está
tudo errado", concluiu Lili. A partir daquele momento percebeu que não
adiantava muito ter uma bem instalada Biblioteca, acervo rico e tudo
continuar na mesma, como se a Biblioteca fosse ainda aquele lixo
mofado. A bem da verdade, por vários dias a freqüência foi baixíssima,
como antes. E cada um que chegava repetia o ritual: buscava o verbete
para ser copiado. "Assim é que o professor quer", defendeu-se um aluno
acossado por Lili com vários outros livros sobre o assunto que o
"pesquisador" rapidamente copiava.
Quando a Biblioteca ficava
vazia, Lili punha no velho toca-discos doado um Vivaldi ou Mozart (o
seu preferido). Nesses momentos, ela ficava atenta, à espera de algum
aluno que, atraído pela música, lá entrasse. Não adiantava. "Será o
repertório?", indagou Lili, pronta a pôr em prática o que fosse
possível para atrair o seu público. Um dia ousou: um rock. Nada
aconteceu. Sentiu-se ridícula. Os alunos só entravam na Biblioteca
quando algum professor exigia as invariáveis pesquisas. De seu vasto
arsenal de iscas para capturar leitores localizou algo que, talvez,
pudesse destruir aquela horrível rotina que reduzia o seu rico acervo a
uma única enciclopédia. Resolveu colocar em prática algo que não
aprendera na escola: fazer uma gibiteca. Não era disso que os
adolescentes gostavam? A reação foi de espanto discreto. Não dos
alunos, mas de alguns professores que entendiam ser aquilo um
desestímulo à boa leitura. Lili espalhara uma série de cartazes: "gibis
na Biblioteca" diziam eles ilustrados com figuras do Pato Donald,
Tarzan, Mônica, Fantasma, Zorro, Super-homem e outras mais. Isca
infalível. Alguns curiosos apareceram. A jovem e irrequieta
bibliotecária que introduzira o carnaval no templo observava com muita
atenção os movimentos de seu querido público em torno dos gibis. Depois
de alguns dias, percebeu que eram sempre os mesmos que iam remexer a
caixa onde eles eram guardados. E ainda: por mais que destacasse livros
e revistas, colocando-os ao alcance dos olhos e das mãos dos leitores
de gibis, estes não pareciam servir de iscas para aqueles. Os alunos
devoravam as aventuras dos super-heróis, deliciados, mas não queriam
saber do biscoito fino da leitura de livros propriamente ditos.
A
imaginação de Lili era, de suas qualidades, a mais destacada. Notou um
fato significativo, mesmo sendo óbvio: os alunos faziam as suas
pesquisas depois das aulas. "Porque não antes?" perguntou-se na solidão
de sua Biblioteca quase vazia. Para ela estava claro que os alunos só
realizavam as tais pesquisas porque era obrigatório. Se não fosse, nem
mesmo abririam as enciclopédias. Biblioteca era igual a pesquisa e
pesquisa igual a um dever. Nunca um prazer. Mas isso é problema de
bibliotecários ou de professores? Por que Duque de Caxias não passava
de um mero verbete? E que nem era lido, mas transposto caligraficamente
para folhas que, depois, receberiam algum adorno e, pronto, tudo era
entregue ao professor de História. Não havia segredo para passar de
ano.
Foi então que Lili desconfiou que poderia aliar-se aos
professores. Pediu a eles que sugerissem novos livros aos alunos para
que ampliassem as possibilidades de leitura. Parece que isso não
alterou nada, pois os professores não respondiam com empenho os
formulários que lhes eram enviados com o objetivo de organizar a
bibliografia básica a ser usado no Colégio. O retorno foi de 12%,
baixíssimo. Poucos mestres tiveram a pachorra de indicar livros que
pudessem ser alternativos aos verbetes. E quando isso acontecia e Lili
comprava as obras, colocando-as ao dispor dos alunos, eles passaram
simplesmente a copiar os livros indicados, preenchendo as expectativas
daqueles que, por dever de ofício, deveriam avaliar os trabalhos, dar
notas, aprovando ou reprovando. Lili percebeu que, dificilmente,
escaparia daquela fatalidade burocrática de indicar os livros para
serem copiados - sempre depois das aulas.
Ocorreu-lhe, então,
uma nova idéia de campanha: convencida das potencialidades de uma
pesquisa a ser feita pelos alunos, de fato, antes das aulas, empreendeu
um novo e avassalador esforço de divulgação: "pesquise antes". Isso,
evidentemente, iria lhe custar muito. Teve de inteirar-se dos
currículos e programas de ensino. Ela queria antecipar a Biblioteca à
sala de aula. Era uma idéia inovadora, uma proposta que mudava a
rotina, mas a bibliotecária não poderia imaginar que lhe trouxesse
tantas turbulências.
Conseguindo o programa de ensino do
Piratininga, Lili programou a Biblioteca. Claro que não pode dar uma
cobertura completa, pois seriam necessários espaço e acervos maiores.
Mas isolou alguns temas. Um deles, por exemplo, foi a Guerra do
Paraguai. Lili organizou um painel especial sobre o assunto: juntou
livros a recortes e frases de sua criação. Uma delas: "Caxias é um
herói ou um bandidão genocida?" Os alunos ficaram intrigados. Afinal, o
Duque era sempre homenageado em ruas, praças e estátuas eqüestres,
inclusive em salas de aula. Bandido? "Descubra aqui", dizia outra
frase, sobre uma série de indicações bibliográficas. O painel fora
enriquecido, ainda, com referências a pintores da época e à música que
se fazia no Brasil naquele período do Segundo Reinado. A novidade
espalhou-se pela escola. Livros que por longas semanas permaneceram
virgens passaram a ser disputados. Na própria Biblioteca,
espontaneamente, formaram-se grupos de discussão, dos quais até Lili,
deliciada, participava.
Aí as desgraças começaram a ocorrer.
Quase custaram o emprego da aplicada e promissora bibliotecária do C.P.
No dia da aula referente à Guerra do Paraguai, ocorreu um inédito e
inquetante episódio: o professor quase foi trucidado pelos alunos que
ergueram os seus dedinhos impertinentes, lançando questões que o
programa de ensino não abarcava. Em pouco tempo, o abúlico professor,
que há décadas ruminava as suas narrativas históricas, foi obrigado a
recorrer ao seu paiol de armas para pôr ordem na classe. Os alunos
pareciam enfurecidos, fazendo perguntas agressivas, verdadeiros
insultos ao herói nacional. De onde viera aquela desintegração? Quem é
que andava semeando dúvidas? Por que os alunos não ouviam apenas? E sem
que ninguém nos ouça: eles estavam fazendo perguntas que o mestre não
sabia responder. Teve que impor a sua autoridade. Naquele dia fatídico
o professor saíra revoltado da sala, sentindo-se ultrajado pela
petulância daqueles fedelhos que achavam ter mais conhecimentos do que
ele. Sem dúvida, havia uma inversão de valores. Afinal, professor
existia para ensinar e aluno para aprender, não é mesmo?
Posteriormente,
ocorreu outra cena memorável na aula de Português, quando uma aluna
corrigiu um dado referente à biografia de Machado de Assis que estava
sendo monotonamente destilada. "Quem sabe mais, eu ou a senhora?"
perguntou a mestra que, prestes a se aposentar, nunca se sentira tão
humilhada como naquele episódio. Por algum tempo, cenas assim foram se
repetindo pelas classes do Piratinga. Diagnosticou-se, de início, uma"
crise existencial da juventude". Um dia, um professor, um dos raros a
pôr os pés na Biblioteca, pois habitualmente lia os jornais recebidos,
viu um dos painéis de Lili. Leu, releu, intuiu. Num relâmpago, teve a
certeza: ali estava a origem da ação desagregadora que se observava no
Piratinga. Quem diria, a Biblioteca? Ela nunca havia dado trabalho,
sempre fora apenas um apoio didático. É verdade que aquela
bibliotecária tinha antecedentes: ela criara a gibiteca e promovera
aquela espantosa queima de livros no pátio. Agora, fazia esforço para
criar dúvidas. Escola não deve criar dúvidas, mas resolvê-Ias, dando as
respostas corretas. Aluno não tem maturidade para ler de tudo e
discernir. Assim, vai acabar não fixando nada.
Naquele mesmo
dia, o professor-detetive fez um relato minucioso na sala onde os
mestres se reuniam para tomar café, apostando na ação pérfida da
bibliotecária como a causadora daquela indesejável agitação dos alunos
em sala de aula. A certeza sobre o caráter subversivo da bibliotecária
espalhou-se rapidamente. "Dona Lili, não vás além das sandálias",
alguém dissera na reunião dos professores. Quem pensava que era para
interferir nas salas de aula?
Ali mesmo foi esboçada redação
de um documento dos professores a ser encaminhado à Direção do
Piratinga. Nele Lívia Maria Nabuco, Lili, era acusada de perturbar o
processo normal do ensino, induzindo os alunos a leituras pouco
recomendáveis aos propósitos de uma escola tão tradicional como aquela.
No final do documento, diziam os professores: "Pedimos a V.Sa. a
gentileza de determinar à Biblioteca Comendador Saraiva que se atenha
unicamente à bibliografia recomendada e, especialmente, às obras
adotadas pelos professores como diretrizes para as aulas. Qualquer
desvio, poderá sentir V.Sa., será uma ameaça à autoridade que os
professores precisam manter junto ao corpo discente. Leituras que não
as indicadas serão vistas como elementos de perturbação do trabalho
pedagógico pelo qual somos os únicos responsáveis". O documento
alongou-se em reflexões sobre a autoridade do professor, os perigos da
falta de disciplina, a responsabilidade educacional, sugerindo medidas
para restabelecer a ordem.
O Diretor do Colégio ao receber o
abaixo-assinado levou um susto, não imaginando que Lili pudesse ser uma
figura com tanta periculosidade. Chamou-a à Diretoria, e apresentou o
documento. Lili não mexeu um músculo, mas percebeu que, enfim, pudera
participar de forma significativa da vida daquela instituição na sua
busca de "melhoria do nível de ensino". E foi isso que Lili disse ao
Diretor, cândida e serenamente. Ele fez a sua obrigação: advertiu a sua
funcionária, pedindo a ela que não lhe criasse problemas, evitando
comprometer o bom nome do Colégio e a confiança que os pais tinham
nele. Lili ouviu tudo, prometeu refrear as suas ações e continuou,
através de seu trabalho, lutando como um Dom Quixote contra o ponto
final da autoridade em favor das vírgulas e das conjunções
adversativas. Mas não pôde cumprir a promessa. A freqüência à
Biblioteca aumentava dia-a-dia, os alunos iam diretamente às estantes
vasculhar o acervo, alguns passavam o dia lá. Parece que encontravam
naquele espaço a liberdade que, habitualmente, a sala de aula lhes
negava. ...
(Fonte: MILANESI, Luís. Lili e os moinhos. In: ________.
A casa da invenção. 3.ed. São Caetano do Sul: Ateliê, 1997. p. 150-157.)